Bolota Digital

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9 - Corço 32 - Trepadeira 10 - Doninha 24 -Raposa 5-Azinheira 30-Tojo 31-Torga-ordinária 6-Chapim-azul 29-Texugo 28-Tentilhão 27-Sobreiro 2-Abelharuco 3-Águia-calçada 7-Chapim-real 4-Águia-de-asa-redonda 8-Coelho-europeu 26 -Sacarrabos 11 -Esteva 12 -Gaio 13 -Gineta 14 -Javali 15 -Lebre-Ibérica 16 -Medronheiro 17 -Mocho-galego 18 -Murta 19 -Ouriço-cacheiro 20 -Pega-rabuda 21 -Picanço-real 22 -Pinheiro-bravo 23 -Poupa 25 -Rosmaninho 1 - Abelha do mel

9 - Corço

Nome vulgar: Corço

Nome científico: Capreolus capreolus

Identificação e características: A corça ou corço é o menor cervídeo europeu. A pelagem varia de cor e comprimento, sendo curta e avermelhada no Verão, longa e castanho-acinzentada no Inverno.

As galhadas, presentes só nos machos, são curtas e pontiagudas. São usadas na disputa por fêmeas durante a época de reprodução, no Verão. No Outono, as galhadas caem para crescerem novamente na Primavera.

A média de vida de uma corça selvagem é de oito anos, podendo chegar aos 14 anos.

O corço alimenta-se de folhas, rebentos, cascas de árvores e também de plantas cultivadas.

Observações/curiosidades:Tem um comportamento em grande medida crepuscular, pastando durante a noite, embora o possa fazer de dia se não for perturbado. Tem uma excelente e selectiva capacidade auditiva e uma boa capacidade olfativa, detectando melhor movimentos do que formas. Apresenta ainda uma grande agilidade de movimentos.

32 - Trepadeira

Nome comum: Trepadeira-azul

Nome científico: Sitta europaea



Identificação e características:
Este passeriforme de tons cinzento-azulados destaca-se pelo seu bico comprido. O ventre é alaranjado e tem uma máscara preta nas faces. Observa-se frequentemente agarrada aos troncos, como os pica-paus, mas o que verdadeiramente a distingue de qualquer outra espécie de ave portuguesa é o facto de conseguir percorrer os troncos das árvores no sentido descendente.


Observações/Curiosidades:
A Trepadeira-azul nidifica em cavidades de árvores, naturais ou construídas e usadas anteriormente por outras espécies de aves. Esta espécie tem, no entanto, um hábito único na nossa avifauna, o de reduzir o diâmetro da abertura para o adaptar ao seu tamanho. Para esse efeito utiliza lama que, depois de seca, se torna muito dura e funciona como uma parede.

10 - Doninha

Nome vulgar: Doninha 

Nome científico: Mustela nivalis 

https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/10-Weasel.mp3

Identificação e características: A Doninha é o mais pequeno carnívoro existente em Portugal. Tem um corpo delgado e alongado, as patas curtas com garras não retrácteis, uma cabeça pequena com um focinho proeminente e orelhas também pequenas e redondas. A cauda, curta e pouco espessa, não ultrapassa 2/3 do comprimento cabeça-corpo. A pelagem curta é castanha arruivada no dorso, patas e cauda, sendo o ventre completamente branco. Em termos de medidas, as fêmeas são mais pequenas do que os machos.  

As doninhas são animais solitários com atividade noturna e diurna. Alimentam-se maioritariamente de ratos e de ratazanas, mas também fazem parte da sua dieta os coelhos, as lebres, aves, anfíbios, répteis, insetos e alguma matéria vegetal. 

 

Observações/curiosidades: Quando persegue as suas presas, a Doninha pode entrar em buracos com apenas 3-4 cm de diâmetro. Por vezes utiliza como abrigo as galerias e tocas das próprias presas. Para proporcionar um melhor abrigo às crias, também a pelagem das presas é utilizada na construção dos seus covis. 

Outro aspeto curioso deste pequeno carnívoro é o facto de apresentar uma variada gama de sons que incluem assobios e gorjeios.

24 -Raposa

Nome vulgar: Raposa

Nome científico: Vulpes vulpes

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/24-Red-fox.mp3

Identificação e características: A espécie é facilmente reconhecida pelo seu focinho pontiagudo e orelhas proeminentes. Apresenta uma pelagem castanho-avermelhada no dorso que contrasta com a coloração branca do ventre, contudo a cor da pelagem pode ser bastante variável. As extremidades do corpo, nomeadamente as orelhas e os membros apresentam coloração negra. A cauda é longa e tufada, apresentando usualmente uma mancha de cor branca na ponta.

A dieta da raposa é bastante flexível, tendendo a alimentar-se dos recursos mais abundantes no seu território. Alimenta-se frequentemente de ratos, frutos diversos e insetos (ex. escaravelhos) bem como aves, répteis e anfíbios. A espécie pode ainda consumir animais domésticos mortos como a cabra e a ovelha.

 

Observações/curiosidades: A raposa é o carnívoro com maior distribuição mundial. A par disto é também a espécie mais criada em cativeiro em todo o mundo para a produção de peles, juntamente com o visão-americano Neovison vison.

A raposa tende a utilizar tocas, por si escavadas ou escavadas por outros (ex. coelho ou texugo) que utiliza para se abrigar e esconder de predadores.

5-Azinheira

Nome vulgar: Azinheira 

 

Nome científico: Quercus rotundifolia Lam 

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/5-Holm-oak.mp3

Identificação e características: Árvore de porte médio, com uma copa ampla e uma altura média de 15 - 20 m. Pode atingir, em casos extremos, os 25 m de altura. O tronco tem uma casca acinzentada ou parda. As folhas são persistentes, de cor verde-escura, brilhantes nas faces superiores e com indumento esbranquiçado nas inferiores. Têm uma forma ovada e lanceolada, com margem inteira ou muito ligeiramente serrada. O fruto da azinheira é a bolota, que tem uma forma oval, possuindo geralmente pedúnculo. 

 

Observações/ Curiosidades: A sua principal utilização é a produção de fruto que serve de alimento para porcos denominados de montanheira. São estes porcos de cor preta que produzem um presunto de alto valor comercial, o de pata-negra.  

Atualmente, a bolota é usada na cozinha gourmet. 

A madeira é muito dura e compacta, resistente ao polimento, não sendo muito utilizada. É, no entanto, um ótimo combustível para lume, sendo muito utilizada nas lareiras. 

A medicina popular atribui aos frutos da azinheira propriedades curativas para diarreias e disenterias. 

 

30-Tojo

Nome vulgar: Tojo 

 

Nome científico: Ulex europaeus L.       

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/30-Common-Gorse.mp3

Identificação e características: É um arbusto de médio porte de cor verde e uma flor amarelada. É caraterística da Europa ocidental. 

Os seus ramos são direitos, verde-escuros, mais ramificados nas partes mais novas e sem ramos na base. O fruto é uma vagem ovado-oblonga, densamente pubescente, que se abre naturalmente, com 2 a 4 sementes. 

 

Observações/curiosidades: Todas as partes desta planta são venenosas. 

 

31-Torga-ordinária

Nome vulgar: Urze, Torga-ordinária 

 

Nome científico:  Calluna vulgaris (L.) Hull 

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/31-Heather.mp3

Identificação e características: Planta arbustiva, perene, que pode chegar a 1 metro de altura. Caule lenhoso e sinuoso; Folhas verdes persistentes, muito pequenas, opostas, lineares. Flores brancas ou cor-de-rosa, a púrpuras-claro que crescem em espigas. 

 

Observações/curiosidades: Este arbusto pode atingir uma idade de 40 anos e é um óptimo nectarífero, sendo grande fornecedor de substância às abelhas, do qual, resulta um mel escuro muito utilizado na confeção de doçaria. 

 

6-Chapim-azul

Nome vulgar:  Chapim-azul 

 

Nome científico:  Cyanistes caeruleus 

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/6-Eurasian-blue-tit.mp3

Identificação e característicasTrata-se de uma das mais coloridas espécies na nossa avifauna florestal. A cabeça possui um barrete azul, lista ocular preta e a face branca, enquadradas por um colar preto, parecendo uma máscara facial, típica de alguns chapins. O peito e o abdómen são amarelados e o dorso é cinzento-azulado. Mexe-se freneticamente pelo meio da folhagem, pelo que não é fácil apreciar as suas cores. 

 

Observações/curiosidades: O chapim-azul é o acrobata das florestas. Um dos seus truques favoritos é pendurar-se de cabeça para baixo nos galhos das árvores enquanto procura ovos de pulgões, lagartas e aranhas. 

 

29-Texugo

Nome vulgar: Texugo 

 

Nome científico: Meles meles 

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/29-European-badger.mp3

Identificação e características: O texugo tem focinho alongado, cabeça pequena relativamente ao corpo, que é robusto, arredondado e de coloração cinzenta no dorso e negra no ventre e patas. A cauda é curta, cinzenta e com a ponta branca. As patas são curtas e poderosas com cinco dedos, munidos de garras fortes, pouco curvas e não retrácteis, sendo especialmente poderosas e afiadas nas patas anteriores (adaptação para escavar). 

A sua característica mais distinta são as duas listras longitudinais negras em cada lado da cabeça, que é branca. Os olhos são pequenos e estão escondidos nas listras negras. As orelhas são pequenas, pretas, com as pontas brancas.  

Alimenta-se sobretudo de frutos (azeitonas, bolotas, nêsperas, ameixas, peras e figos) e insetos. Ocasionalmente come ratos, minhocas, caracóis, anfíbios, répteis e aves.  

 

Observações/curiosidades: O texugo vive em complexos de tocas escavados por ele, que consistem num sistema de túneis com várias câmaras em diferentes níveis. Estes túneis desembocam na superfície em aberturas que têm normalmente um monte de terra à sua frente (proveniente da escavação dos túneis). O número de entradas varia, podendo ser um complexo com centenas de metros de comprimento e múltiplas câmaras subterrâneas. 

A existência de latrinas (conjunto de pequenos buracos escavados, com dejetos negros, cilíndricos e uniformes) é uma característica que indicia a presença desta espécie. 

28-Tentilhão

Nome vulgar: Tentilhão 

Nome científico: Fringilla coelebs 

https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/28-Common-chaffinch.mp3

Identificação e características: O tentilhão-comum apresenta plumagens distintas para machos e fêmeas. Em ambos os sexos e em qualquer idade, o padrão da plumagem é realçado pelo branco dos ombros, das barras alares e rectrizes. Os machos são mais coloridos, com uma coroa azul-acinzentada, a face, peito e barriga de cor vermelho pálido e o manto escuro. As fêmeas e juvenis tem a cabeça e o manto de tons castanho-oliva e o ventre claro. 

 

Observações/curiosidades: Passeriforme elegante e colorido, o Tentilhão-comum é uma espécie abundante em Portugal, habitando as florestas mistas no norte do País e os montados de sobro e azinho no sul. É possível observá-lo durante todo o ano, sendo mais comum no Inverno.

27-Sobreiro

Nome vulgar: Sobreiro 

Nome científico: Quercus Suber L. 


https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/27-Cork-oak.mp3

Identificação e características: O sobreiro também conhecido como sobro, sobreira ou chaparro, é da família do carvalho e é uma das espécies de flora mais predominante em Portugal, principalmente no Alentejo e nas serras Algarvias. A cortiça é derivada do sobreiro e não é prejudicial para a árvore. Além da cortiça o sobreiro produz a bolota mais conhecida como lande e serve para alimentar varas de porcos pretos. 

Observações/curiosidades: A cortiça renova a cada 9 anos e é principalmente usada para fazer rolhas de vinho. 

 

 

2-Abelharuco

Nome vulgar: Abelharuco 

 

Nome científico: Merops apiaster 

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/2-European-bee-eater.mp3

Identificação e características: Os abelharucos são aves de pequeno a médio porte, com bico longo, comprimido e um pouco curvado. A cauda é bem marcada e geralmente arredondada. A plumagem dos abelharucos é colorida, em tons de verde vivo com manchas de outras cores na zona da garganta e barriga. Não há dimorfismo sexual notório. 

 

Observações/curiosidades: O abelharuco é uma das aves europeias mais coloridas. Durante a época de nidificação, os abelharucos têm que capturar diariamente insetos cuja massa seja equivalente à de 225 abelhas. Os seus ninhos são feitos em buracos no solo, frequentemente nas margens dos rios ou em areeiros.  

 

3-Águia-calçada

Nome vulgar: Água-calçada

Nome científico: Aquila pennata 

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/3-Booted-eagle.mp3

Identificação e caracterização: ave de rapina de médias dimensões, que se caracteriza pela sua cauda quadrada e pelas patas emplumadas. Os indivíduos de forma clara são fáceis de identificar: a plumagem é preta e branca, o que dá um forte contraste nas partes inferiores, o que torna estas aves distinguíveis à distância.  

 

Observações/ curiosidades: A águia-calçada é uma espécie estival, mas alguns indivíduos permanecem entre nós durante a estação fria, maioritariamente junto a faixa costeira. Podem ser observadas em várias partes de Portugal, nomeadamente no Alentejo. 

Águia-calçada é a única águia em que tem penas até às patasdaí o nome de “águia-calçada”.

 

7-Chapim-real

Nome vulgar: Chapim-real 

 

Nome científico: Parus major 

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/7-Great-tit.mp3

Identificação e características: O chapim-real é o maior chapim da família Parulidae. A plumagem é maioritariamente castanho-esverdeada nas partes superiores (manto e cauda) e amarela no peito e barriga. A cabeça é preta, com exceção das faces brancas, e é a partir do colar que parte uma banda preta que atravessa todo o peito e barriga da ave. 

 

Observações/curiosidades: O chapim-real nidifica em cavidades nas árvores e põe no fundo do ninhmusgo, folhas secas, lã e penas. A dieta do chapim-real compõe-se principalmente de insetos e de aranhas, mas também de frutos e sementes, sobretudo no inverno, quando os insetos escasseiam.

4-Águia-de-asa-redonda

Nome vulgar: Águia-de-asa-redonda 

 

Nome científico: Buteo buteo 

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/4-Common-buzzard.mp3

Identificação e características: Frequentemente observado em poisos ao longo das estradas. Pode facilmente ser reconhecida a sua característica mancha clara no peito em forma de meia-lua (“colar”),  contrastando com a tonalidade geral castanha escura e patas claras. Quando em voo, sobressaem as manchas claras nas partes inferiores e as orlas mais escuras, sendo também distinguível em determinadas condições a mancha peitoral.  

 

Observação/ curiosidades: O bútio-comum encontra-se bastante bem distribuído pelo território português, sendo a única espécie de ave de rapina presente em todas as regiões do país. Os números desta espécie aumentam durante o Inverno devido à chegada de outras provenientes do Norte da Europa. No entanto, a nossa população é basicamente residente, pelo que pode ser encontrado durante todo o ano.

8-Coelho-europeu

Nome vulgar: Coelho-europeu 

 

Nome científico: Oryctolagus cuniculus 

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/8-European-rabbit.mp3

Identificação e características: O coelho-europeu também chamado de coelho-bravo possui orelhas e pernas compridas. Apesar disso, o tamanho das orelhas e das pernas dos coelhos é pequeno em relação ao das lebres.  

O coelho-bravo é herbívoro, não apresentando grande seletividade de escolha, pois adapta-se aos recursos disponíveis, estado de desenvolvimento e valor nutricional das plantas. O seu habitat preferencial são os bosques e os matos, e zonas mais abertas, como pastagens e terrenos agrícolas. 

São animais geralmente noturnos, restringindo a sua atividade durante o dia perto da toca ou em áreas de denso arvoredo, de modo a evitar os predadores. 

  

Observações/curiosidades: Os coelhos-bravos vivem em colónias, organizando-se em numerosas tocas comunitárias, que por sua vez, estão ligadas entre si por extensas galerias com várias entradas e saídas. Vivem em 5 grupos familiares de 2 a 7 indivíduos apresentando uma hierarquia social rígida com um macho e fêmea dominantes. 

 

26 -Sacarrabos

Nome vulgar: Sacarrabos 

 

Nome científico: Herpestes ichneumon 

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/26-Egyptian-mongoose.mp3

Identificação e características: O Sacarrabos é um carnívoro de médio porte castanho-acinzentado. Tem um corpo alongado e de aspecto fusiforme, o focinho é pontiagudo, as patas são curtas e a cauda vai-se afunilando até à sua extremidade onde se encontra um pincel de pelos mais escuros. Tem uma cauda que pode chegar aos 50 cm. Na cabeça distinguem-se umas orelhas pequenas e arredondadas. 

O sacarrabos tem reflexos bastante rápidos o que lhe permite capturar cobras, inclusive as espécies venenosas. No entanto, as suas principais presas são os pequenos mamíferos, nomeadamente os ratos e, sempre que disponíveis, também os coelhos e lebres. Por ter hábitos diurnos, os répteis são também uma parte importante da sua dieta alimentar que inclui ainda insectos, anfíbios, aves e matéria vegetal com valor energético. 

 

Observações/curiosidades: As crias seguem a mãe em fila-indiana, cada uma com o focinho por baixo da cauda da que a precede, daí o nome sacarrabos (esta maneira peculiar de se deslocarem até levou ao equívoco de lhes chamarem cobra peluda). Também quando caçam em grupo, os sacarrabos apresentam a particularidade de rodearem a presa deixando-lhe poucas hipóteses de escapar.

11 -Esteva

Nome comum: Esteva 

 

Nome científico: Cistus ladanifer L. 


https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/11-Gum-rockrose.mp3

Identificação e características: A esteva é um arbusto que pode chegar aos 2m de altura, apresenta hastes compridas que possuem as folhas verde vivo. 

Prefere solos pobres e ácidos, a sua distribuição é similar à da azinheira e tende a substituí-la depois dos incêndios.  

É nativa da parte ocidental da região mediterrânica, crescendo espontaneamente desde o sul de França a Portugal e no noroeste de África. O nome do género da esteva - Cistus - provém de os seus frutos serem cápsulas globosas com 7 a 10 compartimentos (Cistus vem do grego "ciste", que significa caixa, cesto). 

 

Observações/curiosidades: As folhas libertam uma resina aromática, o ládano ou lábdano, usado em perfumes, especialmente como fixador. 

O epíteto específico da esteva "ladanifer" vem do facto de ela produzir a resina denominada ládano cuja abundância lhe permite competir com outras espécies visto que parece inibir o crescimento destas.

12 -Gaio

Nome vulgar: Gaio 

Nome científico: Garrulus glandarius

https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/12-Eurasian-jay.mp3

Identificação e características: O gaio é uma espécie muito coloridaAs penas azuis das asas são a característica mais fácil de ver nesta espécie, pois contrastam bastante com os tons castanhos do dorso e peito. As asas têm também um padrão preto-e-branco, tornando a combinação de cores muito visível quando está a voar. O uropígio branco, a cauda preta e o bigode escuro completam as características mais marcantes deste corvídeo. 

 

Observações/curiosidades: Pode ser observado durante todo o ano, no campo e até na cidade. É um dos «imitadores» que podemos encontrar entre as espécies da nossa avifauna, surpreendendo pela imensa capacidade de reproduzir outros sons. 

 

13 -Gineta

Nome vulgar: Gineta

Nome científico: Genetta genetta 

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/13-Common-genet.mp3

Identificação e características: A gineta tem aspeto e tamanho idêntico a um gato, porém proporcionalmente tem o focinho mais afunilado, as orelhas grandes, as patas pequenas (com 5 dedos em cada uma das patas) e uma cauda larga e comprida. O corpo é longo e esguio, com o pelo de cor alternada cinza com muitas manchas escuras que tendem a formar linhas longitudinais, formando um padrão único e irrepetível em cada indivíduo. A pelagem é castanha acinzentada, podendo haver indivíduos com a cor mais amarelada. A cabeça apresenta pelagem mais escura, sobretudo no focinho, sendo que no ventre a cor é mais clara. Os machos e as fêmeas são semelhantes, assim como os indivíduos jovens e os adultos. 

Observações/curiosidades: Acredita-se que a sua presença na Europa seja recente e que tenha sido introduzida pelo Homem de forma provavelmente involuntária, como animal de estimação, seguindo-se uma expansão natural da sua distribuição. 

14 -Javali

Nome vulgar: Javali 

Nome científico: Sus scrofa 

https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/14-Wild-boar.mp3

Identificação e características: O javali é um mamífero com uma morfologia muito semelhante ao porco doméstico (que evoluiu a partir do javali). 

O seu corpo exibe uma forma arredondada e patas curtas mas fortes, conferindo-lhe um aspeto de grande robustez física. A coloração do pelo é escura e ostentam os dentes caninos da mandíbula inferior muito desenvolvidos. Estes são denominados defesas e nos machos são projetados para fora e voltados para cima. 

O javali dá preferência a alimentos vegetais como as bolotas, castanhas ou batatas. Outros alimentos que fazem parte da sua alimentação são pequenos vertebrados como os ratos, coelhos e até ovos ou invertebrados como minhocas ou larvas de insetos. 

 

Observações/curiosidades: Os banhos na lama têm várias funções para os javalis. Uma função é regular a temperatura corporal, uma vez que os javalis não suam. De igual modo, considera-se que os banhos de lama têm importante papel nas relações sociais da espécie. Enquanto no verão usam do banho na lama todos os javalis, sem distinção de sexo ou idade, durante a época do cio parecem reservados quase que exclusivamente aos machos adultos.  

A procura de bolbos e outras espécies vegetais enterrados, leva-o a revolver o solo promovendo o seu arejamento e propiciando o nascimento de novas árvores e arbustos, ainda que nesse processo cause não raras vezes prejuízos nas culturas agrícolas e plantações florestais.  

Os machos adultos, por vezes, toleram machos jovens que adquirem conhecimentos com a experiência dos mais velhos e, em contrapartida, funcionam como escudeiros, avançando à sua frente expondo-se aos perigos primeiro e dessa forma protegendo o mais velho. 

 

15 -Lebre-Ibérica

Nome vulgar: Lebre-ibérica 

 

Nome científico: Lepus granatensis 

https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/15-Granada-hare.mp3

Identificação e características:  A lebre ibérica apresenta patas posteriores muito desenvolvidas o que lhe proporciona grande mobilidade, essencial para uma fuga rápida em situações de perigo. Tem as patas e a cauda brancas e as orelhas são muito longas com as pontas pretas. O pelo é castanho-amarelado e na zona ventral do seu corpo, a pelagem é branca. Destacam-se ainda os seus hábitos crepusculares e noturnos. A sua dieta é maioritariamente constituída por gramíneas. Alimenta-se habitualmente de folhas e talos mas durante o verão tende a alimentar-se de arbustos e flores. Alimenta-se ainda de frutos, sementes e casca de árvore. 

 

Observações/curiosidades: É um dos mamíferos da península ibérica que mais variedade de habitats ocupa. 

16 -Medronheiro

Nome vulgar: Medronheiro 

Nome científico: Arbutus unedo L. 

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/16-Strawberry-tree.mp3

Identificação e características: É uma árvore frutífera, também conhecida como ervedeiro, é da região da Europa Ocidental e sobrevive em zonas de elevado declive onde dificilmente outras espécies sobrevivem e pode ser encontrado por todo o país, mas a maior concentração ocorre nas serras do Caldeirão e Monchique. 

 

Observações/curiosidades: O fruto derivado da planta, o medronho, é usado para produzir bebidas alcoólicas (aguardente de medronho).

17 -Mocho-galego

Nome vulgar: Mocho-galego 

Nome científico:Athene noctua

https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/17-Little-owl.mp3

Identificação e características: Pouco maior que um melro, o mocho-galego chama a atenção pela sua característica silhueta arredondada. A plumagem é castanha, com malhas brancas, os olhos são amarelos. 

 

Observações/curiosidades: O mocho-galego é uma ave relativamente comum e encontra-se de norte a sul do país. É uma espécie residente, que está presente no país durante todo o ano. 

Este pequeno mocho é a ave de rapina nocturna mais fácil de observar, devido aos seus hábitos parcialmente diurnos. Possui o hábito de pousar em pontos altos, à beira da estrada. 

Da dieta deste animal apenas carnívoro (assim como todos os restantes mochos e corujas) fazem parte os mais variados tipos de presa: desde invertebrados terrestres, anfíbios, répteis, outras aves, e até mesmo animais atropelados em estradas, de entre outros.

18 -Murta

Nome comum: Murta 

Nome científico: Myrtus communis L.

https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/18-Common-mytle.mp3

Identificação e características: São plantas arbustivas com muitos ramos, de folha persistente, que podem crescer até 5 m de altura. As suas folhas, são verde-escuras, e possuem um cheiro geralmente considerado agradável quando esmagadas devido ao seu óleo essencial disposto por diversas pontuações ao longo do limbo. As flores geralmente são brancas. 

O fruto é uma pseudobaga azul-escura ou negra, contendo várias sementes. 

 

Observações/curiosidades: Trata-se provavelmente da planta que está na origem de mais nomes na toponímia das nossas aldeias e vilas, sendo inúmeras as declinações: Murtal, Murteira, Murtosa, Almortão, povoam o país e provam que desde há muito que não somos indiferentes a este arbusto de folhas aromáticas e flores delicadas que ocorre em todo o País. 

É verdade que é comum a toda a bacia do Mediterrâneo e sobre ela existe um extenso património cultural construído ao longo de milhares de anos. Considerada pelos gregos e romanos como símbolo da Paz e do Amor, a murta era uma planta sagrada, dedicada a Afrodite e a Vénus. Ainda hoje a murta faz parte dos bouquets de casamento de muitas noivas um pouco por toda a Europa.

19 -Ouriço-cacheiro

Nome vulgar: Ouriço-cacheiro 

 

Nome científico: Erinaceus europaeus 

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/19-European-hedgehog.mp3

Identificação e características: Apresenta o corpo coberto por espinhos (cerca de 6 mil), que não são mais que pelos modificados. Quando se sente ameaçado, enrola-se sobre si próprio, escondendo as suas pequenas patas e as áreas desprovidas de espinhos, transformando-se numa “bola com picos”, bastante difícil de penetrar. Os espinhos possuem anéis alternadamente claros e escuros (com uma banda preta na ponta), que fazem variar a cor dos indivíduos entre o amarelado e o castanho. A cabeça distingue-se facilmente do resto do corpo, os olhos são grandes, as orelhas são relativamente pequenas e possui uma cauda rudimentar. 

A sua dieta é bastante variada, pois eles comem praticamente um pouco de tudo. Alimentam-se essencialmente de insetos (gafanhotos, escaravelhos, moscas, etc.), consumindo ainda minhocas e caracóis. Ovos de aves, pequenas rãs e répteis, cereais e frutos silvestres, tudo pode fazer parte da dieta do ouriço. Quando o alimento escasseia, e a descida da temperatura torna incomportável a manutenção da temperatura do corpo, o ouriço hiberna. 

 

Observações/curiosidades: A originalidade e eficácia da cobertura espinhosa do Erinaceus europaeus é motivo para algumas fábulas que se referem a esta espécie. Quase sempre o ouriço faz o papel de “bom rapaz”. Por exemplo:  

“Na floresta, depois de ter dado todos os seus espinhos para os outros animais também se poderem defender, quando à mercê de uma cobra que o viu desprotegido, todos os outros animais vieram em seu socorro com os espinhos que ele tinha oferecido.”

20 -Pega-rabuda

Nome vulgar: Pega-rabuda 

Nome científico: Pica pica 

http://bolotadigital.drealentejo.pt/site/wp-content/uploads/2021/01/20-Eurasian-magpie.mp3

Identificação e características:  É uma ave com uma plumagem muito caraterística. É preta e branca e possui uma longa cauda que tornam a pega-rabuda uma das aves mais fáceis de identificar. 

Quando a ave é vista de perto e em boas condições de luz, são visíveis alguns reflexos azuis, verdes e avermelhados. O “tchak-tchak-tchak” característico também denuncia a sua presença. 

 

Observações/curiosidades: No Alentejo, constrói muitas vezes os seus ninhos nas árvores ao longo das estradas, sendo este facto facilmente visível no Inverno, quando as árvores estão sem folhas. 

A pega-rabuda distribui-se pela maior parte do território nacional, embora seja muito escassa no sul do país e esteja ausente da maior parte do Baixo Alentejo e do Algarve.

21 -Picanço-real

Nome vulgarPicanço-real-meridional 

 

Nome científicoLanius meridionalis 

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/21-Iberian-Grey-Shrike.mp3

Identificação e característicasO picanço-real tem cauda comprida, bico robusto e curvo, com tons cinzentos no dorso, e rosado-pálido no peito e abdómen. Tem as asas escuras e possui ainda a típica mascarilha preta dos picanços. 

 

Observações/curiosidades: Uma das características comportamentais que mais chama a atenção nesta ave é a capacidade de armazenar alimento espetando as presas nos espinhos e arame farpado, facilmente identificáveis por esses campos fora.    

 

22 -Pinheiro-bravo

Nome vulgar: Pinheiro-Bravo  

 

Nome científico: Pinus pinaster Aiton 

 https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/22-Cluster-Pine.mp3

Identificação e características:  A altura é até 40m, normalmente entre 20 e 25m. Não sobrevive muito além dos 200 anos. Árvore de copa piramidal regular na juventude; em adulta é mais variável, mais redonda e reduzida ao último terço da altura.  As folhas são aciculares de 10-25 x 0,1-0,2cm, agrupadas em pares de cor verde-intenso. 

 

Observações/Curiosidades: Os serviços florestais preconizavam a posterior substituição destes pinheiros “pioneiros” por folhosas nobres como Quercus sp. O seu aproveitamento é principalmente resineiro e madeireiro. A terebentina, obtida da resina utiliza-se para fins medicinais (emplastros, antissépticos, balsâmicos).

23 -Poupa

Nome vulgar: Poupa 

Nome científico: Upupa epops 

https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/23-Hoopoe.mp3

Identificação e características: Inconfundível, com o seu característico padrão preto e branco nas asas, e a cabeça e pescoço acastanhados. No entanto, a particularidade morfológica mais óbvia desta ave é a sua crista (poupa) muito evidente, com pontas pretas, que, quando levantada, se assemelha a um leque. Emite sons extremamente fáceis de identificar, um pouco semelhante ao cuco. 

 

Observações/curiosidades: Uma das muitas curiosidades desta espécie é que os seus ninhos, construídos em cavidades de árvore, apresenta um cheiro fétido, extremamente desagradável. O mau cheiro não se deve a falta de higiene no ninho, pois é sabido que a fêmea o limpa cuidadosamente de todos os detritos, mas representa uma estratégia contra predadores. A fêmea e os juvenis desta espécie possuem uma glândula, capaz de segregar o líquido responsável pelo mau cheiro, que é expelido em caso de ameaça. 

 

25 -Rosmaninho

Nome Vulgar: Rosmaninho

Nome Científico: Lavandula stoechas L. 

 

https://aeavis.edu.gov.pt/bolotadigital/wp-content/uploads/2021/01/25-Lavander.mp3

Identificação e características: Arbusto vivaz, erecto, ascendente que pode atingir 50 cm de altura. Caule lenhoso; Folhas coriáceas, lineares ou lanceoladas; Flores arroxeadas, tubulares e labiadas, inseridas em brácteas da mesma tonalidade, dispostas em espigas de 2 a 8 cm, tendo no seu topo 3 brácteas de cor violeta, lilás ou branco; Cheiro a alfazema. 

 

Observações/curiosidades: É uma planta utilizada no tratamento de problemas do foro nervoso (insónias, irritabilidade, enxaquecas), da digestão (indigestão, cólicas, gases, distensão abdominal) e de certos tipos de asma (efeito relaxante). 

 

1 - Abelha do mel

Nome vulgar: Abelha-do-mel

Nome científico: Apis mellifera

Identificação e características: Este inseto tem duas asas, cinco olhos e partes da boca que atuam como uma longa língua. O seu corpo, pequeno e duro, é coberto de pelos e tem seis patas. São de cor amarelada e tons de preto. As fêmeas têm ferrão e podem picar, mas os machos, não. Produzem mel e são responsáveis pela polinização.

 

Observações/curiosidades: Os seres humanos criam abelhas há cerca de 4 mil anos, por causa do mel e da cera. A cera de abelha é usada para fazer velas, pomadas e cosméticos.

As abelhas conseguem o seu alimento nas flores. Esse alimento consiste em um líquido açucarado chamado néctar e em um pó chamado pólen. As abelhas transformam o néctar em mel. Ao passar de uma flor para outra, as abelhas espalham um pouco de pólen, cumprindo uma tarefa muito importante para a natureza. Quando o pólen de uma flor entra noutra da mesma espécie, a planta que recebeu o pólen consegue formar sementes, que gerarão novas plantas e, assim, novas flores. A vida das abelhas é essencial para o planeta e para o equilíbrio dos ecossistemas. Pensa-se que a extinção das abelhas provocaria a extinção dos humanos em quatro anos.